Segundo comunicado técnico já publicado pela Embrapa, cálculos feitos pela NYS Cattle Health Assurance Program Beef Quality Assurance Module mostram que as perdas em carcaças por lesões podem chegar a U$75 milhões ao ano nos Estados Unidos da América. Na Austrália, os prejuízos chegam a U$20 milhões ano a ano, segundo a New South Wales Department of Primary Industry.
No Brasil, não há um estudo que determina a perda financeira anual com lesões em carcaça bovina. Mas dados do Sistema de Inspeção Federal (SIF), entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024, mostram que foram detectados nos frigoríficos brasileiros 92.268 abcessos, 86.155 lesões traumáticas, 6.216 lesões traumáticas detectadas no ante mortem, e 905 alterações musculares por estresse ou fadiga. Estes dados foram publicados pelo MAPA com base nos bovinos abatidos neste sistema, em 2024.
Lesões como hematomas e traumas podem acontecer no transporte e dentro dos frigoríficos, mas o manejo na propriedade é determinante na prevenção de inflamações musculares e lesões mais severas.
Realizar a contenção dos bovinos ainda é um desafio na pecuária de corte brasileira. Para Bruno Silveira, diretor comercial e de marketing da Coimma, o uso de equipamentos adequados, como o Megatron, é fundamental para garantir um manejo seguro, eficiente e com foco no bem-estar animal. Recursos como esse evitam lesões no rebanho, reduzem o risco de acidentes com os profissionais e diminuem o estresse durante os procedimentos, além de contribuírem para a economia de tempo.
De acordo com Bruno, investir em um equipamento de qualidade vai além do cuidado com os animais, é também uma forma de valorizar quem está no manejo: “A gente busca colocar elementos de bem-estar, não só animal, mas para o bem-estar do operador também. Paredes anatômicas nos troncos americanos, laterais almofadadas, guilhotinas e assoalho emborrachados”. Ele destaca ainda que sistemas hidráulicos mecânicos oferecem mais controle e segurança, além de agilizarem o processo, o que também contribui para um manejo mais calmo e eficiente.
De acordo com levantamentos do setor técnico de abate, as perdas por hematomas podem chegar a 4 kg por carcaça. No caso dos abscessos, as perdas são classificadas de acordo com o nível de comprometimento da carcaça. Quando o problema é localizado, a área afetada pode ser retirada e o restante da carcaça é liberado para consumo, sem grandes impactos econômicos. Em situações mais severas, a carcaça precisa passar por um processo de tratamento térmico, o que reduz significativamente seu valor de mercado. Já nos casos em que há contaminação generalizada, todo o material é descartado, gerando perda total e, portanto, prejuízos consideráveis ao produtor.
Pesagem bovina: “quem não mede, não sabe o que perde”
Pode até se dizer que o que engorda o boi é o olho do dono, mas não é segredo que pesagens regulares são fundamentais para a boa gestão técnica e econômica do negócio como um todo.
Bruno resume bem a importância do indicador: “Eu entendo que tudo é peso. Hoje a gente vai comprar carne no açougue e a gente fica olhando os gramas que dá. E onde um produto, que é o animal, ele é comercializado por peso, a gestão desse indicador é obrigatória”, disse.
Apesar da relevância, embora a maioria dos confinamentos realizem pesagens com frequência, em sistemas de ciclo completo ou pecuária extensiva o uso da ferramenta ainda é limitado.
A pesagem, no entanto, vai muito além do cocho. Em propriedades de cria, por exemplo, permite comparar o desempenho entre safras, avaliar resultados reprodutivos e selecionar animais com base em indicadores objetivos, como o peso na desmama.
Em resumo: é impossível bater metas e melhorar margens sem medir. Na prática, mesmo equipamentos simples já são capazes de gerar dados valiosos. Monitorar o GMD, avaliar o retorno da suplementação e saber o peso exato no momento da venda são rotinas de uma fazenda com gestão eficiente, e a balança é a ferramenta que viabiliza tudo isso. Para quem deseja se aprofundar no tema, a Coimma publicou um artigo técnico sobre os impactos da pesagem na pecuária de corte, incluindo orientações sobre como escolher o equipamento mais adequado. O conteúdo está disponível no blog da empresa e pode ser acessado neste link.
Parceria para seguir sempre em frente
A Coimma é parceira do Confina Brasil e, em conversa com o diretor comercial e de marketing, Bruno Silveira, destacamos como essa união contribui para fortalecer a pecuária nacional:
Confina Brasil: Como a parceria entre a Coimma e o Confina Brasil contribui para fortalecer a pecuária intensiva no país e qual a motivação da empresa para seguir nessa união?
Bruno Silveira: Participar do Confina Brasil nos aproxima diretamente do produtor, permitindo conhecer a realidade dos confinamentos no país e promover uma troca valiosa de informações e networking. Essa interação no campo também é fundamental para aprimorar nossos produtos e levar as melhores soluções em contenção e pesagem bovina. A credibilidade da Scot Consultoria e a qualidade do trabalho desenvolvido durante a expedição são motivos fortes que nos motivam a manter essa parceria.
Confina Brasil: A Coimma tem alguma novidade para apresentar nas rotas do Confina Brasil 2025?
Bruno Silveira: Esse ano, além de levar novamente o Megatron 5.0, produto desenvolvido no ano passado, nós estamos com uma solução para confinamento de menor porte, que é a solução do Robust hidráulico e todos os sistemas de automação e balança de fluxo rodoviário. Então, aquele pecuarista que também produz grãos pode aproveitar as soluções da Coimma em pesagem e automação.
Confina Brasil: Para a Coimma, para a pecuária seguir “Sempre em Frente” é necessário…
Bruno Silveira: Trabalho e busca por conhecimento!
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