Os médicos-veterinários e coordenadores de projetos da Scot Consultoria, Julia Zenatti e Diego Rossin, emocionaram uma plateia lotada no dia 10 de abril com o lançamento da sexta edição do projeto “Confina Brasil” no Encontro de Confinamento e Recriadores de 2025. Eles exibiram o curta-metragem “Sempre em Frente”, uma produção Bela Magrela, que documenta depoimentos de pecuaristas do Brasil inteiro, relatando a coragem de persistir na atividade e a força que os guia no dia a dia no campo.
Clique aqui e assista ao filme “Confina Brasil – Sempre em Frente”
Imagem: Bela Magrela
O filme registra depoimentos emocionantes de pessoas que ajudam a construir o avanço do setor. Como o de Adriana Duarte, do Grupo CFL Agro, no Mato Grosso do Sul, que carrega o amor pela atividade na pele: “Eu amo o que faço e estou nessa vida há 25 anos”.
Com lágrimas nos olhos, Fernanda Alves Marins, da Agropecuária Marca Estrela, em Minas Gerais, conta que nenhuma pessoa de sua família é da pecuária, mas buscou forças por amor à atividade para iniciar o próprio confinamento: “Eu me formei para trabalhar na área”. Seu esposo, Davi José Ribeiro Nelo, completou dizendo que apesar das adversidades à frente, seguem em frente. “Tem as crises como todo seguimento tem, mas a pecuária é ‘prazeroso’ demais”, disse.
O curta-metragem também mostra que a atividade só sobrevive e avança, graças à troca de aprendizado e a união de forças. Ninguém constrói nada sozinho. José Claudio da Silva, da Fazenda Favorita, Kiko’s Rach, em Goiás, inicia o assunto: “O maior patrimônio que nós temos dentro do nosso projeto é a equipe”. Francisco Gabiatti Farias, do Grupo Masutti, no Mato Grosso, acrescenta que a capacitação é necessária para oportunizar mão de obra mais qualificada. “Tentem valorizar cada vez mais a parte de ensino, para dar oportunidade de capacitação para o pessoal que está dentro de casa e os que estão chegando”, afirmou.
Entendendo a importância da equipe unida ao modelo de negócio, Paulo Emílio Franco Prado, da Agropecuária Grande Lago, em Goiás, falou como tudo se conecta dentro da pecuária. “Nós aprendemos a respeitar o ciclo pecuário, respeitar o nosso negócio e respeitar a natureza do negócio. Tudo é cíclico”, falou. Ele ainda citou a crise vivida pelo setor entre 2023 e 2024, e como a fase foi vencida através do respeito com os processos e com as pessoas envolvidas.
O avanço através das gerações faz a pecuária evoluir pelas mãos de avós, pais, filhos e netos. Pablo Murilo, da Agro Vargem Grande, na Bahia aconselha: “A dica que eu dou, principalmente para o meu filho que está escutando aqui e para o próximo que vai nascer, ‘aproveitar bem o seu pai, porque a gente não vai estar aqui para sempre’. 18 anos atrás meu pai estava aqui todo final de semana comigo. […] Uma das coisas que eu mais sinto falta do meu pai são os conselhos”.
Os caminhos são múltiplos, mas a direção é uma só. Eduardo Brezolon Crestani, da Fazenda São Luiz, Vipi, em Mato Grosso, falou sorridente sobre a paixão pela atividade: “Mas tem aquela paixãozinha, aquele pensamento que fala ‘não, vou tocar, vou continuar, vou brigar’. E assim a gente vai passando um ano, dois anos, dez anos, vinte anos. Os frutos vêm, a gente colhe, e a gente quer que os filhos continuem também com essa mesma paixão”. E José Lucio Soares, da Fazenda Floresta, no Espírito Santo, completou com esperança: “Se você acredita no negócio, rapaz… Você ali, sonha mesmo com aquilo ali… Não tem onde dar errado, não”.
Julia Zenatti e Diego Rossin subiram ao palco e agradeceram aos pecuaristas presentes após a exibição. “Essa salva de palmas que vocês nos deram, nós devolvemos a vocês. Porque este vídeo é um retrato do que é a pecuária brasileira, é o que temos vivenciado ao longo desses anos à frente da expedição”, disse Zenatti ao público.
Foto: Bela Magrela
“Já são cinco anos de dados levantados Brasil a fora, passando por mais de 600 propriedades em 16 estados. Todos os anos, visitamos mais de cem propriedades, fora a condução da pesquisa remota que levanta dados de propriedades já visitadas em edições anteriores.”, completa Rossin. Do palco, a visão do auditório é gratificante, compartilhou o médico-veterinário: “Vemos aqui pessoas que nós visitamos ao longo desses anos, que abrem as porteiras para essa iniciativa e que confiam no nosso trabalho”.
Na sequência, através da contribuição de Geraldo Martha da Embrapa Agricultura Digital, instituição parceira da expedição, foi apresentado ao público presente alguns números da pesquisa-expedicionária durante a palestra de abertura do bloco “Infraestrutura e tecnologia na ampliação do desempenho em confinamentos”.
O intuito da pesquisa é levantar dados relativos à sanidade, nutrição, tecnologia, bem-estar animal, gestão e manejo, a fim de entender para onde o setor está caminhando. Além dos estudos gerados através dessa coleta, e dados compartilhados nos palcos de eventos de referência Brasil à fora, todas as informações coletadas são publicadas no benchmarking ao final de cada ano. O relatório é disponibilizado para o público de forma gratuita no site oficial da expedição (clique aqui e acesse ao benchmarking 2024).
Julia Zenatti ainda completou que “a pesquisa é muito mais do que as estradas que percorremos e a coleta de dados em si. Essa abertura que os produtores permitem é o que faz com que este projeto viva, junto com os parceiros que estão aqui, ambos fomentam essa pesquisa que hoje se consolida como um retrato anual da pecuária intensiva nacional. Esse é o pilar mais crucial para nós, o relacionamento construído, que permite com que o conhecimento seja levado de porteira em porteira, através das empresas, dos especialistas, dos produtores que estão há anos na atividade, aqueles que ainda estão iniciando e outros que ainda pretendem iniciar”, completou.
Foto: Bela Magrela
Em breve, a expedição estará de volta às estradas. Acompanhe abaixo as quatro rotas que serão percorridas esse ano, com previsão de saída para 2 de junho:
Rota 1: São Paulo, Minas Gerais, Goiás (Nordeste), Bahia e Tocantins (Sul);
Rota 2: Tocantins (Norte), Pará, Mato Grosso (Vale do Araguaia) e Goiás (Vale do Araguaia);
Rota 3: Mato Grosso (Sul), Mato Grosso do Sul e Paraná;
Rota 4: Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Patrocinadores e Parceiros – Juntos pelo mesmo propósito
Para cumprir sua missão, o Confina Brasil possui o apoio de importantes empresas do agro. São patrocinadores “Ouro” em 2025:
– Casale
– Coimma
– Nutron
– Solpack
Na cota Prata, contamos com a parceria:
– Marcher
Levando-nos de Norte a Sul, temos o apoio da nossa montadora oficial: Mitsubishi Motors.
Para a análise dos dados coletados e desenvolvimento de estudos, contamos com o apoio de instituições de renome: Embrapa Pecuária Sudeste e Embrapa Agricultura Digital.
Parceria:
– TXC
