- Por Bruno Santos
#Ep21 – A eficiência da gestão mato-grossense
A equipe do Confina Brasil deu mais um importante passo na missão de mapear o gado confinado brasileiro. Finalmente chegamos em Mato Grosso, o berço da pecuária nacional.

Dono do maior rebanho bovino do Brasil com mais de 30 milhões de cabeças segundo últimos dados oficiais do IBGE, esse número é o equivalente a quase 14% da boiada produzida no território nacional. O estado também se destaca no ranking internacional, sendo um dos maiores produtores de gado do mundo.

Fomos até o sul do Mato Grosso, em Rondonópolis, onde visitamos o primeiro confinamento do dia. A propriedade com capacidade estática para 1.500 cabeças é uma fazenda familiar que é gerida por um casal que é responsável pela área administrativa. Curiosamente, a parte operacional da fazenda também é gerenciada por um outro casal. Enquanto a mulher está à frente do confinamento, o homem cuida das outras demandas gerais.

Um dos diferenciais desse confinamento é a atenção com o bem-estar dos animais. É visível para quem observa nos currais de engorda o conforto no local, sempre com boa disponibilidade de alimento fresco e água limpa. Essas simples ações refletem diretamente no bom comportamento final dos lotes.

Assim, a ferramenta possibilita a formação de outros lotes que estão no ponto de abate e, com isso, ganham mais tempo. Se tivessem que esperar todo o conjunto do curral chegar ao mesmo peso, alguns animais ficaram estabilizados, sem ganhos, consumindo mais que o necessário.
Recentemente a fazenda começou a fazer boitel no sistema de parceria de arroba produzida. Animados com a grande procura pelo serviço, resolveram ampliar o confinamento para, justamente, atender essa demanda.
Gestão presente na operação

Na parte da tarde ainda em Rondonópolis, cidade de pouco mais de 230 mil habitantes e uma das principais responsáveis pelo PIB do estado, chegamos na fazenda que implantou o confinamento como forma estratégica para terminar os animais que eram criados a pasto.
Com capacidade estática para 2.300 bois, estão com o projeto de ampliação para atender outras fazendas do grupo que fazem a cria e a recria e passariam a terminar esses animais no confinamento.

Com abate anual de cerca de 8.000 mil animais, o diferencial da fazenda é a eficiente adaptação dos bois. Embora trabalhem com a taxa de lotação super alta por metro quadrado, mas com um manejo adequado na formação dos lotes, não se vê problema como dominância e disputa de território.
Isso comprova mais uma vez que um bom gestor, acompanhando o dia a dia da operação, é o maior diferencial de qualquer confinamento.

Continuamos nosso mapeamento em Rondonópolis onde visitaremos mais dois confinamentos antes de seguir para o município de Poxoréu. #issoéconfinabrasil